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REDE DE ÁREAS MARINHAS PROTEGIDAS DOS AÇORES

EMBARGOED UNTIL 4PM FEB. 11, 2025 AZORES (GMT -1)

AÇORES APROVAM A MAIOR REDE DE AMP
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O  ATLÂNTICO NORTE 

Tuesday, 11 February 2025

Ponta Delgada, Açores, Portugal - À medida que o mundo se prepara para a Conferência da ONU sobre Biodiversidade (CBD COP16), a Região Autónoma dos Açores aprovou numa decisão histórica, a legislação que designa a maior Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Atlântico Norte.

Esta decisão pioneira, protege 30% do mar que circunda o arquipélago dos Açores, cobrindo 287.000 quilómetros quadrados, metade dos quais totalmente protegidos, onde não são permitidas atividades extrativas ou destrutivas. A outra metade terá proteção elevada. Este é um marco significativo na conservação do oceano a nível internacional e estabelece um forte precedente para as negociações de biodiversidade que se aproximam.

A decisão dos Açores vem num momento crucial, à medida que estados de todo o mundo trabalham para implementar o Quadro Mundial para a Biodiversidade de Kunming-Montreal, no qual 196 países concordaram que proteger 30% das zonas terrestres e marinhas do mundo até 2030, (meta 30x30) é fundamental para a saúde do planeta. Esta legislação contribui de forma significativa para a Estratégia de Biodiversidade da União Europeia para 2030 e representa um exemplo de liderança nos objetivos globais de proteção do oceano.

As áreas marinhas protegidas são amplamente reconhecidas como a ferramenta mais eficaz no esforço global para reverter a perda de biodiversidade e proteger o oceano dos impactos das alterações climáticas. A liderança dos Açores é inspiradora, considerando que menos de 3% do oceano do mundo está totalmente ou altamente protegido.


"Os Açores são conhecidos há muito tempo pela sua natureza oceânica única, e com esta decisão, estamos a liderar o caminho para um oceano produtivo e saudável. O mar é uma parte integrante da nossa identidade coletiva, sendo vital social, cultural e economicamente. Estamos comprometidos em proteger e recuperar o nosso oceano para apoiar uma economia azul saudável. A nossa decisão, através de um processo participativo baseado na ciência, que leva à proteção de 30% do Mar dos Açores, serve como exemplo para que outros estados consigam também garantir a saúde futura do planeta." José Manuel Bolieiro, Presidente do Governo Regional dos Açores.


Os Açores são um arquipélago português composto por nove ilhas vulcânicas no meio do Atlântico Norte. O mar dos Açores, uma área de aproximadamente 1.000.000 km², representa 55% das águas portuguesas e cerca de 15% das águas europeias. Contém alguns dos ambientes insulares, de mar aberto e de águas profundas mais importantes, únicos e frágeis do Atlântico Norte. A agora aprovada Rede de Áreas Marinhas Protegidas cria um santuário para espécies migratórias, peixes de fundo, corais de águas profundas e ecossistemas únicos de fontes hidrotermais, que contribuirão para recuperar a natureza intacta da qual dependem a economia azul e as comunidades açorianas.


A criação desta rede de Áreas Marinhas Protegidas foi bem-sucedida graças a um extenso processo participativo. No total, o Governo liderou mais de 40 reuniões com representantes de diversos setores, entre os quais representantes do setor da pesca, transporte marítimo operadores marítimo-turísticos, e organizações não-governamentais de ambiente. O resultado foi o desenho colaborativo de uma Rede de Áreas Marinhas Protegidas que beneficia as pessoas, a natureza e a economia, com base na melhor ciência disponível na região.

FIM

 

Nota para a Comunicação Social

Se necessitar de mais informações, como fotografias ou outros materiais, não hesite em contactar-nos através do email info@blueazores.org.

 

Áreas Marinhas Protegidas: ferramentas úteis para a proteção eficaz do oceano

As Áreas Marinhas Protegidas são uma ferramenta fundamental para a conservação do oceano, para alcançar ecossistemas marinhos saudáveis e resilientes e os seus múltiplos benefícios para as pessoas. De acordo com o “MPA Guide”, os diferentes tipos de proteção são definidos da seguinte forma:

  1. Proteção Total: não são permitidas atividades extrativas ou destrutivas e todos os impactos são minimizados.

  2. Proteção Alta: apenas são permitidas atividades extrativas ligeiras de baixo impacto total e outros impactos são minimizados, por exemplo, permitindo apenas a realização de atividades tradicionais ou culturais de baixo impacto com baixos níveis de extração.

  3. Proteção Ligeira: há alguma proteção da biodiversidade, mas são permitidas atividades de extração e outros impactos moderados a significativos.

  4. Proteção Mínima: é permitida uma extração extensiva e outros impactos, mas ainda se observam alguns benefícios de conservação na área, uma vez que é proibida a realização de atividades altamente destrutivas, como a pesca industrial.

 

As Áreas Marinhas Protegidas provaram:

  • Restaurar populações de peixes e aumentar a biodiversidade, beneficiando as comunidades pesqueiras locais.

  • Proteger habitats críticos para espécies ameaçadas.

  • Aumentar a resiliência do ecossistema às alterações climáticas e à poluição.

  • Impulsionar oportunidades de ecoturismo sustentável.

  • Apoiar meios de subsistência sustentáveis nas comunidades costeiras.

 

Sobre o Blue Azores

Focado na conservação e utilização sustentável do Mar dos Açores, com base no melhor conhecimento científico, e com a participação da comunidade, o Programa Blue Azores visa contribuir para a proteção, promoção e valorização do capital natural marinho do arquipélago, criando novas vias para o desenvolvimento económico sustentável da região. Promove assim a conservação do oceano, a valorização da natureza e das atividades que dela dependem e a promoção de uma economia azul sustentável. Nasce de uma parceria entre o Governo Regional dos Açores, a Fundação Oceano Azul e o Instituto Waitt, e em colaboração com a Universidade dos Açores.

Para mais informação:

BlueAzores.org

Facts and Figures

FAIAL, AZORES - The Azores secured over €10 million in funding to implement the North Atlantic's largest network of marine protected areas, marking a crucial step forward in global ocean conservation.

The funding and technical support, established through a Memorandum of Understanding between the Regional Government of the Azores, Oceano Azul Foundation, and Waitt Institute, will support the network’s protection of vital marine ecosystems and natural resources in the Azores. An additional organization, the Blue Nature Alliance, will also provide technical and financial support, reinforcing the long-term success of the network.​

The new phase of the partnership follows the October 2024 legislative approval of the protected area network covering 30% of the Azorean Sea, in which half of the areas are fully protected, meaning no extractive activities can take place, and the other 15% is highly protected. The network safeguards 287,000 square kilometers of waters in areas six to 200 nautical miles from the coast, positioning the Azores as a global leader in marine conservation.

The next five years of the Blue Azores program will support:

  • The development and approval of a management strategy and plans, including monitoring and enforcement of protected areas.

  • The implementation of Azores marine protected areas within European legislation.

  • The restructuring of the fishing sector.

  • The revision and integration of the coastal marine protected area network.

  • The identification of additional financial, technical support, and resource needs including a sustainable finance strategy.

  • Support to the fishing sector to transition to new regulations.

  • Community outreach and engagement.

The protected area network, designed through a six-year Government-led scienced-based and participatory process, safeguards critical habitats in the North Atlantic while supporting the transition to sustainable marine economies. 

The implementation of new protected areas is targeted to be finalized by 2028, establishing all necessary legal frameworks and management systems. As a next step, the Blue Azores program will continue the participatory process to update the coastal marine protected areas (waters from the shoreline to six nautical miles), by engaging communities, scientists, and stakeholders across the nine islands to ensure the design is science-based, inclusive, and effective.

The signing of this Memorandum underscores the partnership of the Blue Azores program, which began in 2019 as an initiative between the Regional Government of the Azores, Oceano Azul Foundation, and Waitt Institute to promote ocean conservation and sustainable blue economy development in the Azores archipelago, based on scientific research and community participation.

This initiative significantly advances the global goal of protecting 30% of ocean waters by 2030, established under the UN Kunming-Montreal Global Biodiversity Framework. The Azores Marine Protected Area Network stands out for its scale of its fully protected areas, serving as a model of comprehensive management and implementation of marine protected areas for other regions worldwide.

AÇORES APROVAM A MAIOR REDE DE AMP
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O  ATLÂNTICO NORTE 

O Programa Blue Azores nasce em 2019 através de uma parceria entre o Governo Regional dos Açores, a Fundação Oceano Azul e o Instituto Waitt, que se uniram em torno de uma visão comum - 

proteger, promover e valorizar o capital natural marinho

dos Açores - que suporta uma ambição de garantir um oceano saudável como base de uma economia azul próspera e sustentável.

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SABER MAIS

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FACTS & FIGURES

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MARINE PROTECTED AREAS

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OCEANIC PARTICIPATORY PROCESS

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