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PERGUNTAS FREQUENTES

  • O que são áreas marinhas protegidas (AMP)?
    As Áreas Marinhas Protegidas (AMP) são espaços geográficos bem definidos onde a atividade humana é limitada para que se protejam os valores naturais e o oceano recupere, e se possa garantir a conservação da natureza e das atividades. As AMP protegem espécies e habitats, mas também a integridade ecológica dos ecossistemas, a sua biodiversidade e produtividade porque são zonas de reprodução, de refúgio, de rotas de migração ou onde se encontram espécies raras e de elevado interesse natural. As AMP são avaliadas com base no seu estado de implementação, nível de proteção e os resultados ecológicos pretendidos. A ciência tem mostrado que são as AMP com níveis de proteção total e alta que permitem alcançar maiores (e mais rápidos) benefícios ecológicos, sociais e económicos, que permitem a recuperação da natureza e a sua valorização.
  • Quais os benefícios das áreas marinhas protegidas?
    Os principais benefícios das AMP são:  - Manter a natureza intacta (AMP de proteção total);  - Recuperação de ecossistemas degradados;  - Para a pesca: a proteção resulta em peixes maiores, mais abundantes e uma maior quantidade de juvenis (maior biomassa, abundância e recrutamento);  - Mitigação das alterações climáticas através da promoção do sequestro de carbono;  - Ecossistemas mais resilientes a ameaças externas como a poluição, fenómenos extremos (tempestades, cheias) e erosão contribuindo para a diminuição de riscos através da proteção costeira.  - Aumento das atividades turísticas e de lazer (benefícios económicos e para a saúde), resultando numa melhoria dos meios de subsistência;  - Proteção de valores sociais e culturais;  - Oportunidades de investigação e educação (maior literacia e respeito pelo oceano);  - Governação justa (direitos e partilha de benefícios e responsabilidades através de processos de decisão transparentes e inclusivos). Através da melhoria da qualidade dos ecossistemas marinhos proporciona-se uma utilização sustentável dos recursos naturais e dos serviços associados ao Mar, potenciando a valorização dos setores de turismo, pescas e comércio. Proporcionam-se igualmente atividades de educação, científicas e culturais, assentes numa natureza saudável e vibrante.  Com áreas bem geridas e de proteção alta ou total promovem-se todos estes benefícios dentro e fora das áreas protegidas (ex: através do efeito spillover*). Além de benefícios para a pesca, as AMP criam oportunidades de valorização do mar que de outra forma não existiriam. *spillover: movimento de peixes provenientes das áreas marinhas protegidas para as áreas circundantes.
  • O que significa RAMPA?
    É o acrónimo de “Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores”. O presente projeto de alteração do Decreto Legislativo Regional (DLR), propõe a revisão da Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores (RAMPA), do qual faz parte o Parque Marinho dos Açores.
  • O que é o Programa Blue Azores?
    Liderado pelo Governo Regional dos Açores, em parceria com a Fundação Oceano Azul e o Instituto Waitt, com o envolvimento da Universidade dos Açores e de inúmeros parceiros regionais e internacionais, o Blue Azores constitui-se como o programa agregador das capacidades existentes na região, focado nas soluções de conservação e sustentabilidade do mar. O Programa Blue Azores contribui para a proteção, promoção e valorização dos recursos marinhos dos Açores, criando novas vias para o desenvolvimento económico sustentável da região e para a valorização do capital natural azul. O Blue Azores apoiou o processo de "Revisão da Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores" (RAMPA) através de dois pressupostos fundamentais:  1. a utilização do melhor conhecimento científico disponível na região; 2. o desenvolvimento de uma abordagem transparente, colaborativa e participativa, com o objetivo de criar uma solução construída em conjunto para a RAMPA.
  • Quais os objetivos deste Programa?
    O Blue Azores tem como principais objetivos: Proteger 30% do Mar dos Açores através de áreas marinhas protegidas, com pelo menos 15% de áreas marinhas totalmente protegidas. Produzir e implementar planos de gestão para todas as áreas marinhas protegidas, incluindo as já existentes e as que irão ser designadas.​ Contribuir para o ordenamento do espaço marítimo. Apoiar a reestruturação do setor da pesca O Blue Azores promove também ações complementares a estes objetivos através de programas de suporte, focados na literacia do oceano e no desenvolvimento de uma economia azul sustentável na região. São exemplos:  Educar para uma Geração Azul, que promove a literacia do oceano nos alunos do 1.o ciclo do Ensino Básico e a formação de professores, com o objetivo de qualificar uma geração de cidadãos que será mais conhecedora, consciente, responsável e ativa relativamente ao oceano e à sua conservação. Blue Bio Value e outras iniciativas de promoção da bioeconomia azul, que têm como missão desenvolver soluções sustentáveis baseadas no oceano, para uma nova bioeconomia azul, através da dinamização de projetos e ideias assentes na biodiversidade marinha, fomentando inovação de base científica e biotecnológica para um mundo próspero e mais sustentável. Apoiar a reestruturação do setor da pesc
  • Porque é que os Açores estão a antecipar as metas para 2023?
    O Presidente do Governo Regional dos Açores (GRA), José Manuel Bolieiro, anunciou na primeira reunião do processo participativo, a 3 de dezembro de 2021, que o GRA adoptou o objetivo de proteger 30% do mar dos Açores, com pelo menos 15% de áreas marinhas totalmente protegidas. Este compromisso foi reiterado na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em 2022, antecipando para 2023 os compromissos internacionais estabelecidos. O Memorando de Entendimento Blue Azores assinado em 2019 já previa a antecipação destes prazos. Esta decisão foi motivada pela vontade dos Açores serem um exemplo nacional e internacional de conservação e desenvolvimento sustentável.  A iniciativa do Governo Regional dos Açores destacou esta região como um exemplo a nível internacional, num contexto global em que menos de 3% do oceano está protegido de forma eficaz.
  • Quem financia o programa?
    O Blue Azores é financiado maioritariamente pelos três parceiros do programa: o Governo Regional dos Açores, a Fundação Oceano Azul e pela Fundação/Instituto Waitt.
  • Porquê o objetivo de proteger 30%?
    Perante um quadro mundial de emergência climática e crise de extinção de espécies, o objetivo de proteger 30% do oceano está alinhado com as estratégias e compromissos internacionais para travar a perda de biodiversidade e proteger e restaurar os ecossistemas até 2050.  Em Dezembro de 2022 foi alcançado um acordo histórico na Conferência das Partes (COP15) da Convenção sobre a Diversidade Biológica: mais de 190 estados-membros, incluindo Portugal, ratificaram a Kunming-Montreal Global Biodiversity Framework, assumindo o compromisso de proteger pelo menos 30% das áreas terrestres e marinhas até 2030.  Também a Estratégia de Biodiversidade da União Europeia para 2030 prevê a meta de 30% de proteção em 2030, em alinhamento com a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030 das Nações Unidas (através do Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável 14 - Proteger a vida marinha).
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